Na edição de hoje do Diário Insular pode-se encontrar uma breve notícia, dando conta de uma missiva enviada pelo presidente da Junta de Freguesia da Sé ao director regional dos CTT, pedindo a construção de uma rampa para deficientes e de um corrimão.
Admito que nunca reparei no facto, mas é de bradar aos céus. Em pleno século XXI, no coração de uma cidade, não há acessibilidades práticas a um edifício que deve ser de utilidade pública.
Sr. Director Regional dos CTT, se por acaso este pedido da Junta de Freguesia da Sé, for uma coisa exorbitante, para ser suportada pelos correios, o Sr. que diga, que aqui o a-TERCEIRA-ndo vai lá ao edifício e com umas sacas de entulho e cimento a gente transforma as escadas numa rampa...pois sempre é melhor que quem pode andar bem suba uma rampa do que quem não pode tenha que enfrentar umas escadas.
Pois é, foi uma semana de malandrice pura na Ilha da Madeira. Já lá não ia há mais de doze anos, mas valeu a pena a espera, pois aquele lugar está cada vez melhor.
E quando se fala nos exageros de expressão de Alberto João Jardim, é bom que reparemos também na pedalada que aquele lugar leva.
É sem dúvida verdade que deve ser mais fácil governar duas ilhas do que nove e que aquele clima ajuda o desenvolvimento do turismo, mas também é verdade que mesmo no continente existem muitos lugares, que não sofrendo do problema de insularidade, estão muito piores do que a Madeira e, também é verdade, que por esse mundo fora existem lugares com muito melhor clima, mas que vivem na miséria.
Por isso talvez não fosse mal, se o défice democrático madeirense se espalhasse ao resto de Portugal...pelo menos aqui à Terceira
A nova escola da Praia, que vai permitir fechar várias outras escolas da cidade, consolidando o ensino básico da cidade numa só infra-estrutura , já deu bastante polémica e fez correr alguma tinta.
Na minha opinião acho que, por muito boa que seja a nova escola e tenho certeza que o é, existem algumas coisas que deveriam ser mais valiosas.
É certo que a tendência nacional é para a consolidação, do ensino e da saúde, de modo a conseguir um melhor aproveitamento dos recursos financeiros, mas acho sinceramente que isso é um conceito verdadeiramente perigoso para se aplicar aqui na Região.
O nosso conceito de distância é diferente, os nossos valores sociais também o são.
Por muito que uma nova escola permita ter grandes ginásios e os últimos equipamentos multimédia, não tem o que uma escola mais modesta mas mais próxima tem. Numa escola mais perto, os pais, os irmãos e os avós levam e trazem os miúdos a pé, vão buscá-los ao almoço, criando assim variados laços entre os familiares e vizinhos. Se a criança sai da escola alguém conhecido vê, se algo acontece de inesperado, a criança tem o conforto do ambiente do seu meio.
Não acho que seremos melhores no futuro, por darmos mais técnicas aos alunos, pois acho que importante mesmo é dar-lhes uma consciência de valores familiares e sociais e não duvido, que quanto mais longe a criança estiver do seu ambiente familiar e social, mais difícil será aprender esses valores.
Não deixa de ser engraçado como a dinâmica de grupo afecta o Serviço Regional de Saúde.
Numa pura confirmação da lei da conformidade, a "totalidade" dos obstetras dos Hospitais de Angra e de S. Miguel tornam-se objectores de consciência na questão do aborto e a "totalidade" dos obstetras do Hospital do Faial, não têm objecção nenhuma.
Todos em linha e toca a marchar.
Está de parabéns a Vila de S. Sebastião ao ver as suas zonas balneares incluídas na Listagem das Praias Com Qualidade de Ouro da Quercus.
Nesta listagem só figuram zonas balneares que tiveram de 2002 a 2006 a qualidade de água classificada como boa e que em 2006 tiveram sempre análises boas.
Há quem tenha azar.
Conheço quem no ano passado foi erradamente considerado, pela base de dados da Segurança Social, como ausente no estrangeiro e por isso teria de devolver o abono de família recebido.
Ora o afortunado pai, teve um trabalhão, mas lá esclareceu à Segurança Social que tomara haver dinheiro para ir ao Pico de barco, quanto mais ir para o estrangeiro.
Este ano e como gato escaldado de água fria tem medo, o homem enviou a Prova Anual de Rendimentos, acompanhada da Certidão de Estudante do seu filho mais velho, por carta registada com aviso de recepção, não fosse o diabo tecê-las.
Agora recebe o homem um comunicado a informá-lo que lhe cortaram o abono do mais velho. Vai-se informar do porquê e descobre que a Segurança Social não acusou a recepção da Certidão de Estudante.
Tudo se resolve, pois claro, com o pagar mais uma Certidão e perder mais tempo de trabalho, mas...
No meio de tanto Simplex e ProSIMA , porque é que cabe ao cidadão provar que os filhos estão a estudar? Será que era assim tão difícil haver um cruzamento de dados do Ministério de Educação com a Segurança Social?
Quem nasce para ter azar, tem azar...mas o estado não ajuda nada.
Como é sabido, não houve entendimento entre a América e Portugal no que diz respeito à aplicação dos resultados do inquérito salarial anual, que devia reger os aumentos salariais dos funcionários portugueses da base americana.
E como não houve acordo, isto quer dizer que...vai continuar a acontecer aquilo que os americanos querem.
Quem pode é que brilha.
No passado dia 12 de Maio teve lugar, no Auditório do Ramo Grande da Praia da Vitória, o I Festival da Canção Infantil "Sol Menor".
Não tive oportunidade de presenciar este evento, mas fui informado por quem lá esteve, que foi um festival de muita qualidade, onde as jovens promessas da área musical terceirense não deixaram os seus créditos por mãos alheias e deleitaram todos os que lá estiveram.
Também não era para menos. Um festival de crianças é uma receita de sucesso e por isso de parabéns estão a Câmara Municipal da Praia da Vitória e a Cooperativa Praia Cultural, além dos mecenas da cultura, pois claro.
Fica no entanto um senão. Pois julgava-se que um festival infantil, de bom gosto e boa organização, seria alvo de uma cobertura televisiva ao nível da que já teria sido feita a outros festivais do género na Região.
A coisa não foi bem assim, pois e apesar de ser demais, na quadra que se atravessa, pedir uma transmissão em directo e na integra, também se descobriu ser demais uma transmissão em diferido e na integra, ou até uma transmissão de apanhados...parece que esta RTPA anda mesmo muito ocupada por estes dias.
Ficaram assim as pequenas estrelas algo decepcionadas, por não se terem visto estrelas do pequeno ecrã.
Mas há que ter esperança no futuro e confiança no talento, que ao que parece abundou no festival da Praia da Vitória e, pode ser que num próximo festival os pequenos artistas terceirenses tenham honras de transmissão na emissora regional e não sejam assim considerados "filhos de um sol menor"...as crianças merecem sempre mais.
Amanhã em Angra do Heroísmo vai-se marchar contra a fome.
A marcha começa às 10h00, na Praça Almeida Garrett e terá fim na Silveira.
Um percurso acessível a todos, por isso não há desculpa.
A participação são só 10 euros e podem-se inscrever no local de partida até ao inicio da marcha.
Walk the World - por um mundo melhor.
Deixo o aviso ao pessoal do Porto, que está pensando em visitar a ilha Terceira, aproveitando o voo semanal directo da SATA:
Estamos em época de touradas, por isso:
-Tragam uma samarra, pois às vezes faz frio no mato.
-Tragam dinheirinho trocado, pois facilita nas tascas ao comprar a cerveja e a bifana.
- Há muita gente na rua, mas a fera pega, por isso comecem por ver a festa de um muro alto.
- Se o 64 estiver na rua, procurem um muro mais alto.
- O risco no chão não é uma parede, se o toiro estiver perto corram.
- Divirtam-se no arraial, pois é obrigatório.
Numa toada mais séria, ficam os parabéns ao Governo Regional e à SATA pela iniciativa. Demorou, mas mais vale tarde do que nunca.
Agora espera-se por estes lados que, eventualmente, o período destas viagens seja alargado, de modo a que seja um serviço que dure todo o ano.
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