Este é mais um post sobre o 11 de Setembro, porque não consigo imaginar sobre o que mais se falar hoje.

Nesse fatídico dia em 2001 morreram 2,973 pessoas, sendo que 2,749 morreram nas Torres Gémeas do World Trade Center em Nova Iorque.

Só pelos trágicos números será sempre uma data a recordar, mas também será sempre recordado como o dia que mudou o mundo.

O dia que mudou o mundo, é talvez uma expressão  prosaica , até poética, mas não deixa contudo de ser absolutamente verdade.

Foi a partir desse dia que o cidadão comum passou a encarar o terrorismo como algo de dimensão global, que a todos pode vir a afectar, mais tarde os atentados em Madrid e em Londres vieram reforçar esta ideia.

Quem viaja vê diferenças enormes agora, no que toca à segurança, mas acima de tudo quem viaja sabe que "pode acontecer", mesmo com essas medidas.

Estamos todos diferentes, quer o reconheçamos quer não, pois acatamos mais as restrições necessárias, como não acataríamos antes...porque sabemos que "pode acontecer".

Tomamos lados nas discussões sobre o assunto, com maior ou menor sentido de responsabilidade, mas mais perto do assunto, com mais paixão...porque sabemos que "pode acontecer".

Países tomaram posições inequívocas , que antes do 11 de Setembro não as teriam tomado com tal clareza (neste lote de países incluo Portugal)...porque todos sabemos que "pode acontecer".

Aqui na Terceira, vivemos e convivemos com uma Base Americana, que apesar de a todos níveis ser considerada uma base de baixo risco, no que toca à probabilidade de um atentado terrorista, não deixa de ser um lugar onde esse risco existe.

Todos vimos as medidas de segurança que foram implementadas em 2001 e, ainda hoje de vez em quando outras medidas são reavivadas na Base.

O perigo está aqui, tal como está em Lisboa, tal como está em todas as capitais europeias, tal como está em todo o lugar do mundo. Nós vivemos neste perigo, quer o tenhamos presente quer não.

Estamos de um lado da barricada e por isso somos tal como todos os outros ocidentais e até muitos não-ocidentais , alvos potenciais para terroristas defensores de ideologias radicais.

E infelizmente nestas coisas o mundo é como o futebol. Podemos não gostar do treinador da nossa equipa, podemos falar mal da táctica que a nossa equipa usa, podemos não gostar dos jogadores da nossa equipa mas...é a nossa equipa e isto de equipas é algo que nos é atribuído em tenra idade e que nunca se pode mudar.

Por isso é esperar que não sejamos apanhados pelas claques radicais da outra equipa, especialmente quando não tivermos as nossas claques por perto. E esperar que no fim o jogo termine com a nossa vitória, pois a vitória adversária seria sempre pior.

Ou então talvez tudo acabe num empate, que nunca será um empate a zero...pois infelizmente o Nine-Eleven certificou-se disso.

Que os 2,973 e todos os muitos outros que já os seguiram descansem em paz.